Cancioneiro 3

 

Homenageado: José Marques Garcia
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Sonoridade

A preparação do Cancioneiro Espírita 3 envolveu os sentimentos de várias pessoas. São esses sentimentos que definem a sonoridade do Cd. A saber:
A satisfação do Marquinhos (que fez os arranjos mixou e masterizou as músicas de Franca) ao saber que o escolhemos para esta edição do Cancioneiro. Ele nos doou a sua sensibilidade, a sua agilidade e a sua boa vontade, a mesma boa vontade do Alcir Morato, que fez o arranjo do Hino a José Marques Garcia, a música ao nosso homenageado.
O César Tucci trouxe o seu Toque de irreverência séria ao tratar do Espiritismo. Trouxe também a alegria de saber que apesar da vida dura que levamos, os momentos que passamos pensando e cantando no Cancioneiro, são como uma cachoeira relaxante e refazedora da nossa disposição.
Por falar em Toque, o Toque na Alma, de Araras, trouxe o sentimento de profissionalismo, que transparece no capricho e elaboração da música Mais Além.
Falando em Espiritismo, o Bolinho de Carne com Berinjela “reencarnou”, ou reemusicou, e está de volta, mostrando que o bom humor, o humor fino e agradável, é fundamental na Doutrina.
O bom humor também me lembra o pessoal de Bebedouro. Com a sua Mensagem de Amor, eles trouxeram o sentimento da simplicidade musical, que tornou o Cd super agradável de se ouvir.
Que voz agradável a do Moacyr Camargo...Ele me lembra aquela sonoridade joãogilbertiana: suave, melódica, que não agride os ouvidos e a garganta. Ele trouxe também o sentimento da maravilha e importância da música cantada pelas crianças, como a Júlia, Bia, Carolina, Gustavo.
As crianças, elas vão adorar a música do Caracol, composta por um especialista em agradar os pequeninos - o Ítalo, lá de Aracajú, Sergipe.
O Osni nos deu a sua pérola Quanto Tempo, ganhadora de um FECEF passado, e interpretado pelo Éwerton e Ana Lívia, que deram o seu timbre de firmeza e serenidade ao Cancioneiro 3.
Temos também a sonoridade do respeito ao trabalho em prol do Bem, que a Leninha trouxe. Sendo Católica, ela não recusou o convite para cantar no Cd.
A sonoridade da força jovem, que ri à toa e acredita com motivos, talvez seja a predominante do Cancioneiro 3. Responsáveis por isto? Kelly, Maísa, Marita, e porque não, o Marcus Azuma de Curitiba, que com a ajuda do Alexandre Azuma e do Douglas (do Alma Sonora), nos passou também o sentimento de alegria e irreverência, comprometidas com a doutrinação. Hydesville é um clássico da música Espírita.
Temos também a sonoridade de força e beleza da maestrina e cantora lírica Vanessa, em Olhai, Olhai, do Sr. Demétrio Pável Bastos de Juiz de Fora, MG. As canções do Sr. Demétrio sempre foram muito usadas aqui em Franca, bem como as canções da Tia Vilma , do Rio de Janeiro, que a FEB gentilmente nos autorizou a gravar.
Quanto a mim, deixei no Cancioneiro 3 a sonoridade da satisfação de poder completar o nosso projeto, graças a um telefonema de última hora. Quando o Cd já estava pronto, a Vanessa me ligou, dizendo que o GAN, de Goiânia iria, sim, participar dessa Festa Musical.
A TODOS o meu e o nosso muito obrigado pelas sonoridades, pelos sentimentos. E fica a certeza de que para os próximos Cancioneiros, mais gente virá.

JOSÉ MARQUES GARCIA (1863-1942)


DADOS BIOGRÁFICOS

1863 – Nasceu em 12 de maio, na cidade de Santana dos Olhos D´água, hoje Ipuã, Estado de São Paulo.

1872 – Começou a trabalhar, aos 10 anos de idade, como candeeiro de carros de boi, no transporte de sal para o interior, juntamente com seu pai.

1891 – Casou-se aos 29 anos de idade, com Maria Freire, natural de Franca, SP. Em sua propriedade agrícola, sobrevivia do comércio de gado leiteiro. O casal teve um filho que desencarnou em tenra idade. Adotaram 5 filhos.

1901 – Iniciou-se nas atividades Espíritas, convidado a assistir uma Reunião, pelo professor João Manoel Malheiros, fundador do Jornal “Perdão, Amor e Caridade”.

1902 – Começou a levar “Doentes Mentais” para sua casa e fazer reuniões Espíritas com os mesmos.

1904 – Funda o “Centro Espírita Esperança e Fé”, em 9 de fevereiro, localizado à Rua Campos Salles, 1993, em Franca, com o objetivo de estudar e difundir o Espiritismo na cidade e região.

1921 – Funda o “Asilo Allan Kardec”, em 19 de novembro, com o intuito único de abrigar e recuperar os chamados “loucos”, que a sociedade marginalizava.

1926 – Funda a “Gráfica A Nova Era”, que objetiva acima de tudo, editar um jornal espírita.

1942 – Desencarnou no dia 21 de junho, aos 80 anos de idade, vitimado por um úlcera gástrica que lhe corrompia as energias mais íntimas do ser.

Relembrar “Vô Marques” é sempre um prazer para nós. Suas obras aí estão testemunhando o seu valor de “Pioneiro do Espiritismo em Franca”. Têmpera de lutador invencível, treze anos apenas da separação do Estado Brasileiro da Igreja Romana, com a Constituição Republicana, e ele fundava, no coração de Franca, um Centro Espírita: “Centro Espírita Esperança e Fé”, cem anos de existência! (1904-2004). “Casa de Saúde Allan Kardec”, as primeiras cinco casinhas, respondendo ao desafio daquela “bendita pedrada que o acordaria para as responsabilidades com os insanos”, como dizia ele. Hoje, “Hospital Psiquiátrico Allan Kardec”, 200 leitos, é um monumento, orgulho de toda a cidade, de todo o Estado e de todo o Brasil. “Jornal A Nova Era”, 77 anos de ininterrupta publicação (1927-2004). Seu objetivo único é passar às criaturas as lições do Mestre Jesus, aclaradas pelo conhecimento espírita. Pioneiro, talvez, da Homeopatia em Franca, atendia doentes que o procuravam, fornecendo medicamentos manipulados por ele próprio em sua residência. Era médium receitista, humanitário e caridoso.
Seus exemplos nos ficam como lições de vivência cristã: todos os dias, às doze horas, munia-se do Evangelho Segundo o Espiritismo, reunia-se a seus pacientes queridos no pátio do Hospital, dando a um deles, que sabia ler, a lição do dia. Explicava a página lida e fazia a Prece Coletiva final. Isto era feito, religiosamente, todos os dias. Tratava do corpo físico, mas fornecia também o remédio para a alma. Homem simples e de poucas letras, mas conhecedor da alma humana, não descuidou das crianças no processo da Educação Espírita. Vivia rodeado delas, participava de suas brincadeiras e por isso nosso tratamento de “Vô Marques”. Incentivava o Teatro Espírita Infantil. O palco das representações teatrais era erguido, por sua determinação, no próprio Hospital “Allan Kardec”. A semente do Evangelho estava sendo semeada nas almas infantis, por essa criatura abnegada.
Precisamos dizer mais, ou isso basta para que possamos proclamar:
Obrigada José Marques Garcia, por ter existido e permitido que o amássemos tanto!

Obrigado, “Vô Marques”!!

 

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